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[/vc_column_text][vc_single_image source=”external_link” external_img_size=”240×364″ alignment=”center” external_style=”vc_box_rounded” custom_src=”http://i1.wp.com/www.carlosbyington.com.br/site/wp-content/uploads/2013/09/Capa-Inveja-em-Portugu%C3%AAs1.png?resize=480%2C717″][vc_column_text]Introdução ao Estudo das Funções Estruturantes pela Psicologia Simbólica. São Paulo: W11 Editores, 2003, 144 pgs.Resenha
Este livro defende a tese de que a inveja é uma função normal e muito importante para o desenvolvimento da Consciência do Indivíduo e da Cultura, e que se torna destrutiva somente quando desviada da sua função criativa.
O autor interpreta a causa de a inveja ter sido tão mal considerada através dos tempos à sua imensa capacidade criativa, contestadora e revolucionária. Segundo Byington, desqualificamos a inveja porque tememos o potencial criativo do nosso instinto principal, aquele instinto que Jung denominou o Instinto de Individuação, que nos fascina e impulsiona em direção a Deus ou à Totalidade, como se prefira dizer.
Uma visão distorcida pelo puritanismo interpreta o sofrimento humano como prova da nossa ruindade inata e justifica a repressão e a culpa que impedem admirar e amar a grandiosidade milagrosa da nossa criatividade.
O apego às conquistas do Ego é a maior causa de estagnação do desenvolvimento individual e social. Não é por acaso que o desapego tem a mesma importância que a compaixão no Budismo e no Cristianismo. Ao estimular o apego ao novo pelo desejo, pela cobiça e pela voracidade, a inveja estimula a busca do novo e atua como uma das principais fontes de desapego ao que já se tem.
Quem nega a inveja, nega o desejo e se condena à estagnação.
Partindo da relação entre a genialidade de Mozart e a insegurança criativa de Salieri, o autor volta à Gênese, ao pecado original do Cristianismo e à Psicanálise para demonstrar que a inveja tem sido desqualificada e reprimida na História da Humanidade pelo medo que temos da nossa pujança criativa. A inveja é irmã da ambição. Ambas lutam igualmente pelo desenvolvimento. A ambição promove o Ego e a inveja cobiça o que é do outro. A Consciência tradicional é maniqueísta e divide as funções psíquicas radicalmente em Bem e Mal, certo e errado, belo e feio. Com isso, a Consciência se torna unilateral, reprime o lado que julga mau e forma uma Sombra intensa no Inconsciente, que é projetada e ataca os outros. Essa é a História ternária e paranóide da Humanidade, na qual o Ego vê o Bem e o Mal nos Outros e não em si mesmo.
No âmago de sua obra, Byington descreveu o Arquétipo da Alteridade, um padrão quaternário da Consciência Individual e Coletiva, no qual o Ego percebe a polaridade Consciência-Sombra em si mesmo e no Outro. O Arquétipo da Alteridade é o paradigma do Amor, da Ecologia, da Criatividade, da Socialdemocracia e da Economia Sustentável, e permite ver todas as funções psíquicas, inclusive a inveja, atuando ora no Bem, ora no Mal, na Consciência e na Sombra do Indivíduo e da Cultura.
Carlos Amadeu Botelho Byington é médico-psiquiatra, educador e historiador. Fez sua pós-graduação no Instituto Jung na Suíça. Retornando ao Brasil, ampliou o conceito de arquétipo para englobar também a Consciência Individual e Coletiva. Criou a Psicologia Simbólica Junguiana e a Pedagogia Simbólica Junguiana.[/vc_column_text][vc_column_text]
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